Louvre quer devolver artefactos italianos roubados

As sete peças que o museu recebeu há mais de 30 anos podem retornar à Itália neste outono. Mais de meia dúzia de artefatos roubados expostos na galeria do Louvre Campan devem agora retornar ao seu país de origem antes do final do ano.

O diretor do Louvre de Paris e as autoridades italianas concordaram em devolver os itens roubados depois que uma investigação descobriu que eles foram adquiridos ilegalmente.

Entre 1982 e 1998, o museu adquiriu os objetos de colecionadores privados, que agora acreditam que os investigadores os obtiveram ilegalmente.

Dos sete objetos, o mais notável é um vaso Etrusco datado do século V AC. O artista foi apelidado de "o artista de Berlim", mas a identidade exata do artista ainda é desconhecida.

Em uma declaração ao jornal francês Le Monde, o diretor do Louvre, Laurence de Cars, disse: "considero as obras de origem duvidosa como uma mancha nas coleções do Louvre. Temos que verificar tudo com rigor e clareza".

Nos últimos anos, os museus da Europa e da América do Norte têm recebido cada vez mais pedidos de devolução de artefatos e restos humanos, que muitas vezes foram obtidos de forma desonesta.

No ano passado, o ex-ministro de antiguidades do Egito, Zahi Hawass, pediu ao Louvre e ao Museu Britânico que devolvessem os artefatos retirados do Egito.

Entre as exposições que o Egito solicitou de volta estão a pedra de Roseta, mantida no Museu Britânico, e o zodíaco de Dendera, do Louvre.

No mês passado, a Itália devolveu ao Iraque uma antiga placa de pedra confiscada pelas autoridades italianas na década de 1980. Esta placa Data do século 7 aC e é atribuída ao governante Assírio, o rei Salmanasar III.

Dois museus holandeses planejam devolver mais de 400 artefatos roubados à Indonésia e ao Sri Lanka. Os artefatos foram roubados durante o domínio colonial holandês no Sudeste Asiático entre os séculos 17 e 20. Os artefatos incluem metais preciosos, jóias e uma arma ricamente decorada que foi produzida no Sri Lanka.